terça-feira, 21 de abril de 2015

A Neteret Sehkmet

Na mitologia egípcia a Neteret Sekhmet, Sachmet, Sakhet, Secmet ou Sakhmet, é uma deidade solar.

Sekhmet é representada por uma mulher coberta por um véu, cabeça de leoa, e um disco solar. Também era conhecida como “a Terrível”, “a Poderosa”, “a Amada de Ptah”. Ela é qualificada como “aquela cujo poder é tão grande quanto o infinito”.

A cabeça de leoa é símbolo de força e poder de destruição de inimigos. Os seus mensageiros (génios terríveis), as suas setas incandescente ou o seu sopro de fogo saindo de sua boca de leoa (pois ela encarna o “olho de Rá em fúria”, o sopro devastador do sol, as suas radiações solares), espalham sobre a Terra epidemias, doenças e morte. Sendo assim a Deusa da guerra e das doenças. No entanto, ela tinha igualmente o poder de curar, o que fazia dela a protectora dos magos e dos médicos. Os sacerdotes de Sekhmet formavam a mais antiga corporação de médicos e veterinários.

Sekhmet era a irmã e esposa de Ptah (posteriormente Ptah-Seker), e mãe de Nefertoum (o Deus Lótus), que foi criada pelo fogo do olho de Rá, seu pai, como uma arma de vingança e destruição dos homens que lhe desobedeciam, sendo muito temida no antigo Egito, ela era o símbolo da punição de Rá. A sua 1ª função consistia em aniquilar os inimigos do criador e evitar que as forças do caos não se manifestassem.



Diz a lenda que:

Rá, deus do Sol e soberano do Egito, reinava em sua cidade Annu.

Rá envelhecera. Seus membros eram de prata, a carne de ouro, as articulações de lápis-lazúli. Percebeu, então, que os homens que habitavam o vale e os desertos se tornavam arrogantes e insolentes e revoltaram-se contra ele. Rá reuniu seu conselho: Su, Tefnu, Geb, Nut, Nun e o Olho de Rá. Permanece no teu posto — disseram-lhe os demais deuses — pois grande é o temor que inspiras aos homens; basta que o teu olhar se volte contra eles para que todos pereçam.” Os homens, porém, pressentindo o perigo, fugiram para as montanhas. E os deuses disseram a Rá: “Deixa que o teu Olho vá sozinho; que ele desça sob a forma de Sekhmet ”. O Olho transformou-se na deusa Sekhmet ; esta desceu para as montanhas, onde estavam os homens, e, durante muitas noites e muitos dias, fez terrível carnificina. Rá assustou-se com a fúria sanguinária de Sekhmet ; já que a justiça fora cumprida, cumpria-lhe, agora, salvar o resto da humanidade. Como, porém, deter o braço feroz da cruel guerreira? Como apaziguar a sede de sangue que abrasava a deusa que já conhecia o sabor do sangue humano? Mandou Rá que se preparassem sete mil taças de licor inebriante, de cor vermelha, e que estas fossem derramadas no vale que ficou cheio até quatro palmos de altura. O artifício deu resultado. A deusa bebeu do líquido, e em tal quantidade que não distinguia nem os homens que junto dela se achavam. Então Rá chamou: “Vem em paz, graciosa deusa, vem!” E ela tornou a entrar no palácio dos deuses.

Ao acordar, sua fúria havia passado e a terrível bebedora de sangue se transformara na gata Bastet, a bebedora de leite.


A Deusa Sekhmet era uma divindade de 3 rostos:


Hathor - a Vaca cósmica, que dá à luz ao Sol

Sekhmet - a Leoa, a terrível, a Deusa da guerra e das doenças. Considerada como “Senhora da Vida” e Patrona dos Médicos.
Bastet - a Gata, cuja predominância é a doçura.

Segundo a lenda egípcia, ela tortura as pessoas malignas e desrespeitosas, mas é protetora dos fracos e desprotegidos. Os seus poderes abrangem: proteção, banimento e destruição do negativo.

Como parte de um arsenal contra a morte prematura, os egípcios usavam amuletos que mostravam o olho curador de Hórus, ou a imagem da Deusa Sekhmet. As estátuas de Sekhmet protegiam o acesso aos lugares sagrados, proibindo aos seres impuros e incapazes a entrada nos templos.