
Porém, à época da Aurora Dourada (Século XIX), pode-se dizer que a tradição mágica ocidental havia se perdido, abrindo espaço para movimentos ocultistas de inspiração oriental (como a Teosofia). Nesse sentido, é possível interpretar o advento da nova Ordem como uma reação a essa tendência orientalizante.
No resgate da tradição mágica ocidental, a Golden Dawn aprofundou ao máximo as ligações com a Cabala e com a antiga Magia cerimonial, às quais ela agregou o esquema de correspondência universal proposto por Eliphas Lévi, devidamente ampliado, desenvolvido e codificado para que cada fator no Universo passasse a ter correspondência no Ser Individual. Assim, todos os sistemas ocultistas antes existentes foram integrados num único corpo de pensamento, interrelacionado, interdisciplinar e interdependente.
Nesse novo corpo de pensamento, a Magia tornou-se uma disciplina prática e dinâmica, aonde, ao incentivo às experimentações (por exemplo, a Viagem Astral), se mesclaram três sistemas operatórios principais: a Magia Cerimonial, dotada de um novo código de signos, a Magia Enoquiana, e a Magia de Abramelin, (ou Magia Angélica).
Seu sucesso deveu-se à ênfase no erudito, à qualidade de seu núcleo fundador, à sua organização esmerada, ao seu incentivo à pesquisa, e à admissão de membros sem restrições de sexo, religião ou raça; mas sua importância fundamental para o renascimento do Ocultismo resultou, principalmente, de sua original capacidade de recriar e reinterpretar os vários e antigos sistemas de sabedoria oculta, cultivados no mundo Ocidental.

No Rio Grande do Sul, em particular, uma Ordem Iniciática se forma sob o nome "Golden Dawn" buscando o resgate das Tradições dos antigos povos que se reuniam a noite na volta da fogueira, onde ritualizavam, dançavam, bebiam, se reencontravam e falavam de seus antepassados. Trabalhando com uma vertente específica do Paganismo.

Therion Akkad # Rx::M::