sexta-feira, 12 de agosto de 2016

HINO A THOTH



Thoth, Senhor e Mestre da Magia!
Da Sabedoria e do Conhecimento!
Que conhece o mais íntimo dos nossos pensamentos
Tudo tem seu tempo e a você, Grande Thoth
Foi dado o poder de controlá-lo

Auxilia-nos a despertar a sabedoria que há em nós
Patrono dos escritores, dos Mestres da Magia, dos sonhadores;
Na Lua contemplamos Sua imagem em nossos sonhos,
Nossos segredos e desejos.

É s o sábio no coração da Enéada,
Aquele que faz lembrar o que havia se esquecido,
Aquele que aconselha o desgarrado,
Aquele que preserva o instante,
Aquele que descreve as horas da noite,
Aquele cujas palavras duram eternamente.

Senhor de todas as ciências,
Escriba dos Grandes Deuses
Faz-nos merecedores de uma posição digna mediante Rá,
Assim como Tu és.

Que nunca venhamos desistir de nossos objetivos,
Apesar dos obstáculos.
Que a nossa vontade seja maior que o desânimo
Que nosso poder não seja apenas um querer!





Palavreado por Soror Zoé#Z::

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Hierarquia e Poder na Tradição


"O Buscador deve aceitar as distinções hierárquicas com humildade e assim, exercitar a virtude do bom viver e do amor fraternal”.

                 HIERARQUIA MÁGICA – Uma sociedade para ser poderosa e útil, necessita possuir força moral bastante para impor-se, dando e exigindo dos seus membros direitos e deveres; e é o respeito zeloso da sua tradição o maior fator para criar essa força moral.

             Sociedade que viola e habitua-se a modificar os seus princípios fundamentais, o direito de outorga, e o dever que exige, degenera-se gradualmente, torna-se decadente e perde a sua razão de ser.
              
            Daí, a necessidade de conservação do seu passado, do interesse em torná-lo conhecido e amado a fim de inculcar o exemplo de veneração pela causa da instituição e, para assegurar os direitos e deveres de cada um, à imprescindibilidade de selecionar, estimular e classificar os mais dedicados associados a quem distingue e se destina funções especiais.

   A Æternitas F.O.M., pois, como instituição que necessita possuir força moral suficiente para poder cumprir a sua missão social e exigir dos seus membros o cumprimento de deveres, tem, por meio do respeito aos seus ritos, conservado a sua tradição e, pelos seus graus, classificado seus associados, ajustando-os a uma hierarquia ora formalística, ora dirigente. Essa hierarquia, porém, não significa a superioridade individual exigindo a subordinação passiva.

  Ela não é mais do que uma classificação, como fonte inspiradora da obediência natural e voluntária de indivíduos e agrupamentos a outros com funções e conhecimentos especiais, para que marchem os negócios sociais sistematizados e com as responsabilidades definidas.

Deste modo há, na Æternitas F.O.M., a hierarquia moral ou litúrgica e a administrativa ou de cargos. A primeira se baseia no sistema dos graus e representa o dever que tem o Buscador de respeitar a situação que outro adquire com a posse de uma distinção conferida e significativa apenas de honras e de responsabilidades, para com o ideal associativo. A segunda, isto é, administrativa ou dos cargos, assegura a unidade, vigilância, execução e regularidade das formas sociais. O Buscador investido de um grau adquire e assume compromissos não só para com a instituição como para com os Irmãos menos graduados.

Obrigado a conhecer os direitos e deveres, a sua responsabilidade aumenta, e o dever de guiar, aconselhar e ensinar os menos graduados, se impõe. E então, para ser ouvido, respeitado e seguido, preciso é que tenha certas prerrogativas, e como prêmio de sua aptidão e esforço, conferem-se-lhes honras e considerações.

A HUMILDADE – Podemos entender a humildade como reconhecimento da existência de uma potência superior a nós, a qual rege nossas vidas. Alguns chamam de Deus, outros de Alá, ou qualquer outro nome que queiram dar. 

Todos os Buscadores são absolutamente iguais dentro da Ordem, sem distinção de prerrogativas profanas, de privilégios que a Sociedade confere. Esta igualdade não fere o princípio hierárquico dentro da Ordem porque os Fraternos postos em evidência o foram pelo voto dos outros Fraternos; todos têm o direito de serem eleitos aos cargos; sempre chega a vez de todos, no rodízio recomendável.

À vista do texto supracitado vamos, também, examinar como complemento do assunto, o direito de dispor de força ou autoridade para deliberar, agir e mandar; isto é ter poder.

PODER – Mais prejudicial que o orgulho é o que o poder inspira. Por poder entendemos aqui todo o domínio que um homem tem sobre outro, quer esse domínio seja extenso ou limitado.

O poder exerce uma fortíssima influência sobre aquele que o tem.  É preciso que uma cabeça seja bem forte para não ser perturbada por ele. Dentro de cada homem e cada mulher dormita um tirano que só espera para despertar uma ocasião propícia. Ora, o tirano é o pior inimigo da autoridade, porque nos dá dela uma intolerável caricatura. Daí uma multidão de complicações sociais, de irritações e de ódios. Faz uma obra má, todo aquele que diz aos que estão na sua dependência: “faça isto porque é essa a minha vontade, ou melhor, porque é esse o meu desejo”. 

 Em todos nós há qualquer coisa que nos incita a resistir ao poder pessoal, e essa qualquer coisa é muito respeitável. Porque, no fundo, somos iguais, e ninguém há que tenha o direito de exigir a nossa obediência por ele ser quem é, e nós sermos quem somos; neste caso as suas ordens aviltam-nos, e não é permitido que nos deixassem humilhar.

É preciso termos vivido nas escolas, nos escritórios, no exército, termos seguido de perto as relações entre patrões e criados, termos parado um pouco onde quer que a supremacia do homem se exerça sobre o homem, para se formar uma ideia do mal que fazem aqueles que praticam o poder com arrogância. De cada alma livre, fazem uma alma escrava, isto é, uma alma de revoltado. E parece que este efeito funesto, antissocial, se produz com mais certeza quando  quem manda está mais aproximado pela sorte, daquele que obedece. 

O mais implacável dos tiranos é o tirano em ponto pequeno. Um chefe de setor de uma oficina emprega mais ferocidade nos seus processos que o diretor da fábrica, ou o patrão. O cabo é mais duro para os soldados que o sargento e este que o coronel. Em certas casas onde a senhora não tem muito mais educação que a criada, há entre uma e outra as relações de cão e gato. Infeliz daquele que cai, onde quer que seja nas mãos de um subalterno ébrio de autoridade. Pode se adornar de virtudes que não possuem, mas, sua consciência, na hora certa, saberá mostrar que são vazios e nocivos.

Esquece-se que o primeiro dever de quem quer que exerça o poder, é a humildade. A soberba não é a autoridade.  Nós não somos a lei. A lei está acima de todas as cabeças. O que fazemos é interpretá-las, mas para fazer valer aos olhos dos outros, é preciso que primeiramente nos tenhamos submetido a ela. O mando e a obediência na sociedade não passam afinal da mesma virtude: a sujeição voluntária. A maior parte das vezes não somos obedecidos, porque não obedecemos primeiro.

O segredo do ascendente moral pertence aos que mandam com simplicidade, adoçando pelo espírito a dureza do fato. O seu poder não está na fortuna, nem na função, nem no título, nem nas faixas ou medalhas, mas unicamente nele mesmo. O que confere a um homem o direito de pedir a outro homem o sacrifício do seu tempo, de seu dinheiro, das suas paixões, e até da sua vida, é que não só ele mesmo está resolvido a esses sacrifícios, mas que já se antecipou a fazê-los interiormente.

Em todos os domínios da atividade militar e humana, há chefes que lideram, inspiram, amparam, encantam, arrebatam e entusiasmam seus comandados; debaixo de sua direção as tropas fazem prodígios. Com eles, sentimo-nos capazes de todos os esforços, prontos a entrar em combate com entusiasmo. Há, também, déspotas, arbitrários, que são detestados.

A única distinção necessária é a que consiste em uma pessoa querer ser melhor. O homem que se esforça por vir a ser melhor torna-se mais humilde, mais abordável, mais familiar.  Mas, a hierarquia nada perde com isso, e ele recolhe tanto mais respeito quanto menos orgulho semeou.

O Buscador vale pela sua personalidade, seu comportamento, sua filosofia, sua disposição de “servir” seu Fraterno. Nem a posição social, nem o dinheiro, nem a cultura o destacarão dos demais. A tendência dos mais humildes será a de lutarem para alcançar os portadores de atributos e virtudes excepcionais, e jamais haverá a exigência de um nivelamento por baixo, ou seja, que o virtuoso abra mão de suas qualidades para igualar-se ao menos dotado.

Como se cumpririam melhor os deveres de cidadão, se o mais humilde e o mais altamente colocado aproximassem mãos e corações, permitindo que se entendam, estimem e amem. Eis o verdadeiro cimento que a Æternitas F.O.M. adotou, como um símbolo de amor fraternal que liga todos os Fraternos numa única e comum Fraternidade.

sexta-feira, 1 de abril de 2016


Sopa do Mortos - Uma Homenagem aos Nossos Ancestrais



No dia 30 de abril vamos preparar nossa tradicional Sopa dos Mortos, um momento de lembrarmos e homenagearmos nossos familiares e amigos que já morreram.

Cada um deve levar uma raiz (batata, aipim, cebola, cenoura, alho,etc) que seja significativa em sua história de vida, ou que lembre algum ente querido, essa raiz simboliza nossos ancestrais.

A Sopa será preparada por todos nós, e durante seu preparo teremos um Sarau, onde faremos uma homenagem aos nossos antepassados.

Zoé#Z::

sábado, 20 de fevereiro de 2016



GRATIDÃO

Significado: s.f. Característica ou particularidade de quem é grato.
Ação de reconhecer ou prestar reconhecimento (a alguém) por uma ação e/ou benefício recebido; agradecimento: recebeu provas de gratidão.
(Etm. do latim: gratitudo.inis)

Entre o Solstício de Verão e o Equinócio de Outono, os povos antigos festejavam a primeira colheita do ano, que começa no Solstício de Inverno. Eles festejavam a colheita dos primeiros grãos da Roda do Ano, agradecendo aos deuses pelo alimento, pela fartura concedida... Eles acreditavam que através dos rituais dedicados aos Deuses a Roda do Ano seguiria girando, por isso era tão importante um ritual de agradecimento da fartura, pois dessa forma eles asseguravam que a próxima colheita também seria farta.

Buscamos uma interação com os Deuses e com diversas energias, por isso também é importante mantermos esse espírito de gratidão. Apesar de não temos um contato direto com a terra através da agricultura devemos agradecer o alimento que temos na mesa, a saúde que possuímos, nosso lar. Atualmente podemos dizer que  plantamos quando estamos trabalhando, nos relacionando com outras pessoas, estudando, nos exercitando ou começando um novo empreendimento. Como estamos em época de colheita, mostramos nossa gratidão também por nossa evolução espiritual, nossa saúde, uma nova amizade e sucesso profissional.

Não devemos agradecer apenas os momentos bons que vivenciamos neste ciclo, mas também por cada momento difícil e doloroso. Nos momento difíceis é que temos a oportunidade de quebrarmos alguns paradigmas e usarmos mais da nossa criatividade, força e garra para crescermos e evoluirmos cada vez mais.

"Nas nossas vidas diárias, devemos ver que não é a felicidade que nos faz agradecidos, mas a gratidão é que nos faz felizes." Albert Clarke


Zoé#Z

terça-feira, 26 de janeiro de 2016





LIBERDADE




No dicionário liberdade, um substantivo feminino que significa entre muitas outras coisas, sf (lat libertate) 1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. (Michaelis)

Para um magista a Liberdade é extremamente importante, ela é a base para seu trabalho mágico, sem liberdade não é possível praticar suas atividades mágicas e buscar a realização da Grande Obra. Atualmente vivemos em um tempo onde as pessoas dizem não ter tempo, não ter local, não ter um momento para realizar seus feitos mágicos;vivemos em um tempo onde pessoas afirmam todos os dias não serem livres, nós falamos o tempo todo “eu não posso, não tenho tempo...”.

Gostaria de propor para que todos nós como magitas, possamos refletir no que nos restringe, no que tira nossa liberdade, são os outros ou sou eu? Será que realmente é a falta de tempo, de local ou será que não faço porque não posso fazer onde e quando EU quero? Por mais dificuldade que tenhamos de expressar nossa arte, existem pequenos momentos em que podemos encontrar liberdade para praticarmos: no silêncio da noite quando todos dormem, ou pela manhã antes que os outros moradores da casa acordem, no banheiro durante o banho, em uma mentalização... Às vezes é necessário adaptar alguns rituais para que possamos executá-los, claro que essas adaptações devem ser feitas com muito zelo para não modificar o ritual em si.

Existe ainda a falta de interesse, de prioridade. Sim falta de interesse, quando deixamos de fazer um exercício mágico para ver televisão, ficar no celular, jogar videogame, ir para uma festa... nesses momentos fica óbvio que nos entregamos à preguiça e falamos “depois eu faço”. O que nos falta é refletir que quando fazemos isso nós estamos restringindo nossa evolução, estamos tirando o tempo, aquele tempo precioso para realizar o ritual que tanto queremos, para estudar, para ler aquele texto que o Mestre pediu já faz um mês. 

Em um dia temos 23 horas e 56 minutos (para ser precisa) será que não somos capazes de reservar 1 minuto para alimentar nosso canário? Para nutrir nossa fé? Em muitas religiões as pessoas se reúnem em um templo uma, duas, três vezes por semana para nutrir sua fé. Na nossa, precisamos apenas olhar para dentro de nós mesmos todos os dias, por um momento. A nossa jornada espiritual é individual e se você não caminhar não vai sair do lugar.

Vamos acordar, sair do comodismo e evoluir. VAMOS SER LIVRES!!!



Zoé#Z